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12/05/2021

IPCA - Inflação de Campo Grande desacelera em abril, mas chega a 9,22% em 12 meses

Alta nos preços do arroz, óleo de soja, gasolina e carnes pesaram no bolso dos campo-grandenses

No quarto mês de 2021, o Jornal de Campo Grande desacelerou em relação ao mês anterior, mas ainda supera a média brasileira. 

Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,46% na Capital, enquanto no País foi a 0,31%.  

Apesar da desaceleração em abril, não acumulado dos últimos 12 meses a oficial, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chega a 9,22%, sendo o segundo maior índice do Brasil. 

Sem acumulado do ano, a informação de Campo Grande vai a 2,90%.

Os principais produtos que puxaram a alta no intervalo de um ano foram arroz (57,14%), óleo de soja (53,98%), gasolina (35,34%) e botijão de gás (20,47%).

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De acordo com a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias, a desaceleração está relacionada à questão comportamental.

“Tivemos aumento da cautela da população em função do contágio e do número de óbitos da Covid-19, tudo isso acabou influenciando no nível de medo da população. 

Também possui a suspensão das atividades presenciais, principalmente das ligações ao comércio. Isso fez com que as pessoas ficassem mais cautelosas, voltando como priorizações, influenciando na oferta e demanda ”, explica e completa.

“Quando temos uma demanda um pouco mais cautelosa, os preços tendem a se equilibrar. Isso ainda não aconteceu porque temos o impacto de um câmbio muito valorizado que encarece os insumos e acaba impactando no preço dos alimentos e das bebidas. 

E questão a questão do próprio combustível que impacta no frete ”, destaca Daniela.

Ainda de acordo com um economista, o avanço da vacinação também influencia na intenção de consumo da população.

 

MENSAL

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta de preços em abril. A maior variação (1,22%) veio do grupo alimentação e bebidas, que havia recuado no mês anterior (-0,96%).

A segunda maior variação (0,81%) veio de saúde e cuidados pessoais, acelerando em relação ao mês anterior (0,35%). 

O grupo habitação seguiu movimento inverso, passando de 0,66% em março para 0,13% em abril. A única queda registrada no mês de fevereiro das despesas pessoais (-0,07%), após as altas de 0,29% e 0,34% em fevereiro e março, respectivamente. 

Os demais grupos chamados entre 0,11% de transportes e comunicação e 0,62% de artigos de residência.

A maior contribuição para a formação do índice de abril veio das carnes (4,12%), que acumulam alta de 34,52% nos últimos 12 meses. 

Na sequência sequência o tomate (5,49%), o sal e os condimentos (4,03%), o frango em pedaços (3,63%) e a cebola (3,55%). No lado das quedas, como frutas (-3,34%) foram o principal destaque, no mês.

De acordo com o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, as carnes tiveram seus preços aumentados em abril, principalmente por conta da informação de custos por causa da ração animal.  

“Estamos em um momento em que há uma grande alta no preço das commodities. Nesse caso, principalmente a soja e o milho estão impactando os custos do produtor, e isso acaba influenciando o preço final do produto no mercado ”, explica o gerente.

A economista ainda detalha que o consumidor precisa se desdobrar para continuar comprando as mesmas coisas que consumia antes.

“A cada alteração de cenário pode impactar bastante no índice, que ainda é bastante alto, principalmente para alguns setores. O consumidor acaba tendo de fazer malabarismo, a partir das substituições, das priorizações e do uso da criatividade ”, informa Daniela.

 
 

NACIONAL

O IPCA de abril foi de 0,31%, ficando 0,62 ponto porcentual abaixo da taxa de março (0,93%). 

No ano, o índice acumula alta de 2,37% e, em 12 meses, de 6,76%, acima dos 6,10% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. 

Em abril de 2020, a variação ocorreu de -0,31%.

Dos nove grupos pesquisados, oito tiveram alta de preços em abril. O maior impacto e a maior variação (1,19%) preferência de saúde e cuidados pessoais, que havia recuado em março (-0,02%). 

A segunda maior contribuição veio de alimentação e bebidas (0,40%), acelerando em relação ao mês anterior (0,13%).

O grupo habitação seguiu movimento inverso, passando de 0,81% em março para 0,22% em abril.

A única queda observada no mês de fevereiro dos transportes (-0,08%), após as altas de 2,28% e 3,81% em fevereiro e março, respectivamente. 

 
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