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29/07/2024

Negociações coletivas não avançam e trabalhadores (as) tem suas reivindicações negadas pelos empresários!

Representante dos trabalhadores (as) e empregadores (as) do comércio varejista de produtos farmacêuticos do Mato grosso do Sul, reuniram-se para debater as condições de trabalho para formalização da convenção coletiva de trabalho 2024/2026 cláusulas sociais e 2024/2025 cláusulas econômicas.

O presidente do SINPRAFARMS – Sindicato dos Oficiais Práticos e Funcionários de Farmácias e Drogarias do MS, Sr. Heitor Scarpellini Urunaga, apresentou aos empresários (as) as propostas da categoria para a renovação da convenção coletiva de trabalho 2024/2025 (cláusulas sociais) e 2024/2026 (cláusulas econômicas), tais propostas tem por objetivo a reposição salarial com ganho real para toda a categoria, bem como a melhoria nas condições de trabalho e valorização dos profissionais de farmácias e drogarias do MS. Após mais de três horas de discussões entre os representantes de categoria, não houve avanços significativos sobre as reivindicações apresentadas pela categoria.

A pauta de reivindicação dos trabalhadores apresentada previa as seguintes reivindicações:

01 – Reposição da inflação acrescida de ganho real;

02 – Garantia mínima de comissões no importe de 30% sobre o piso;

03 – Produtividade no importe de 12% para os trabalhadores em farmácias de manipulação;

04 – Readequação do piso mínimo para gerência e supervisores, com acréscimo de 40% sobre a remuneração para cargo de gestão;

05 – Fornecimento de auxílio refeição diário para jornada superior a seis horas de trabalho;

06 – Redução na jornada de trabalho de 44hs semanais para 40hs semanais sem redução salarial;

07 – Redução da jornada de trabalho de 36hs semanais para 30hs semanais sem redução salarial;

08 – Trabalho aos domingos no sistema 2x1, ou seja, a cada dois domingos seguidos trabalhados, segue o terceiro obrigatório para descanso;

09 – Participação nos Lucros e Resultados;

10 – Adicional por tempo de serviço;

11 – Auxílio gás;

12 – Plano de saúde pago 70% pelo empregador;

13 – Manutenção das cláusulas sociais da convenção 2022/2024 não discutidas na presente proposta;

14 – Apreciação de novas cláusulas sociais a serem incorporadas na nova convenção.

Em resposta o sindicato patronal apresentou uma contraproposta de 2% de reajuste, ou seja, nem a reposição da inflação foi levada em consideração pelos empresários, alegando dificuldades financeiras e a alta carga tributária. Também foi aprovado a manutenção das demais cláusulas previstas na convenção 2022/2024 (sem reajuste), ou seja, todas as reivindicações foram negadas pelos empresários do setor farmacêutico.

Diante dessa negativa, foi proposto uma reunião para debater os possíveis problemas da categoria, para tentar esclarecer as reais dificuldades do setor, tanto pelos empregadores como pelos trabalhadores.

Em reunião presencial e virtual com os representantes dos empregadores o presidente do SINPRAFARMS, Sr. Heitor, reforçou a importância das negociações coletivas e a segurança jurídica que ela oferece para a categoria. "Apresentamos todos os pontos necessários para aprovação da pauta dos trabalhadores, pontuando cada cláusula e a sua real importância para a categoria", declarou o presidente do SINPRAFARMS.

O Presidente do SINPROFAR-MS – Sindicato dos Varejistas de Produtos Farmacêuticos do Estado do Mato Grosso do Sul, Sr. Roberto Martins Rosa, acompanhado de outros empresários e empresárias do setor farmacêutico, alegaram que a dificuldade em atender a demanda dos trabalhadores se dá por conta das altas taxas tributárias no setor farmacêutico, reduzindo drasticamente a margem de lucro dos empresários (as) do setor.

O presidente do SINPRAFARMS, Sr. Heitor Scarpellini Urunaga, lembrou que ao longo dos anos a categoria vem evoluindo e as demandas só crescem, exigindo cada vez mais dos profissionais de farmácias só que a valorização desses profissionais não acompanha o crescimento da categoria. “Todos os anos buscamos melhorias nas negociações coletivas, reajuste digno e qualidade de vida para os trabalhadores, porém os empregadores estão dificultando esses avanços sem se importar com a saúde e o bem estar dos seus empregados”.

Ao final da reunião chegou se a uma nova proposta apresentada pelos empresários, qual seja:

01 – Reposição salarial do INPC, acumulado dos últimos 12 (doze) meses no percentual de 3,70% (três inteiros e setenta centésimos por cento), retroativos a 1º de julho;

02 – Trabalho aos domingos no sistema 3x1 sem distinção de gênero;

03 – Manutenção das demais cláusulas da convenção 2022/2024 (sem alteração) não conflitantes com as propostas acima;

04 – Recusa de todas as demais propostas apresentadas na pauta de reivindicação.

Encerrada a reunião, após mais de 3hs de debates, o presidente do SINPRAFARMS, Sr. Heitor Scarpellini Urunaga, saiu desapontado com o posicionamento patronal, frustradas todas as tratativas de negociação amigável com o setor patronal. “Vamos levar essa proposta absurda para apreciação em assembleia que decidirá os caminhos da negociação”.

Caso a proposta não seja aceita pelos trabalhadores promoveremos a ação de dissídio no Tribunal Regional do Trabalho da 24º região.

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